Toda a sinceridade do mundo
Talvez o que venho falar aqui seja algo bem clichê para
muitos, mas como justifico minhas tantas palavras, preciso escrever para me pôr
em ordem. Hoje é mais um dia de organização.
Sempre
achei esquisito, pessoas que não gostam de mudanças. Que se acostumam e se
conformam com o mesmo cabelo, mesmos lugares e mesmos rostos durante um bom
tempo. Isso porque continuar muito tempo nos mesmos assuntos me cansa, e assim
que eu vejo uma possibilidade de alteração na rotina, começo a ficar
extremamente ansiosa. Não que isso seja ao todo saudável, me perdi de grandes e
velhas amizades no caminho (e velhas aqui não é um adjetivo ruim), mas por
outro lado consegui enxergar o mundo de diversas maneiras diferentes. Gosto de
olhar para trás e perceber essa diferença.
Quando
eu estava na oitava série, por exemplo, decidi que no próximo ano iria mudar de
escola. Queria chegar ao novo ambiente com o meu “eu” já formado. Agora,
prestes a mudar novamente, não vejo a hora de poder me reinventar e formar
novas opiniões. Não que eu ainda não tenha minhas certezas, eu só percebi que
mudar atitudes não significa mudar valores, e ampliar visão de mundo não quer
dizer transformar caráter.
Acontece
que nesses últimos dias houve uma grande mudança no meu estado de humor. Mais
precisamente nas duas últimas semanas, e se me recordo bem, quando decidi
resolver histórias mal acabadas. Para explicar melhor - desde o começo do ano
as coisas não estavam indo bem. Era uma mistura de orgulho e palavras entaladas
que me colocava em um julgamento mental todas as semanas. Foi aí que tudo
começou a tomar um rumo desesperadamente monótono de “empurrando com a
barriga”. Além disso, eu sabia que tinha que colocar alguns pontos finais antes
de realmente mudar a rotina, se não iria levar bagagens desnecessárias nas
costas. Então, como poucas vezes em todos esses anos de vida, tirei a venda da
teimosia e precisei agir.
É
incrível como quando deixamos orgulho e preguiça de lado, conseguimos
transformar dias. Não precisa ter pressa, é só deixar ao final de cada dia um
gostinho de satisfação pelo que foi feito, que a felicidade vem repentinamente.
Sem precisar ser encontrada. Ela nos encontra quando encontramos a nós mesmo e
a nossas verdadeiras paixões.
Hoje
estou bem e sorrindo para o mundo, mas sei que tudo isso é inconstante. Como
balanço das últimas semanas que transformaram minhas expectativas, descrevo o
que lembrar quando me complicar outra vez: perdoar, amar, ignorar, escrever,
cantar, beijar, sair, dançar, falar sem medo e assim, fazer com que mais uma
vez o universo conspire a meu favor.
Roberta é a nossa colaboradora aqui no blog, a nossa futura jornalista que adora doces, ela tem um blog super novinho, vá até lá e aproveite os textos dela aqui. Para saber mais sobre a Rô clique aqui pois ela deixou um recardo para você!
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